O SINTERG nasceu em 10 de abril de 1989 como resposta
às crescentes demandas da categoria, inicialmente articuladas pela Associação
dos Professores Municipais (APM), que era o único meio de luta coletiva durante
os anos da ditadura civil-militar no país. O sindicato surge com o propósito de
unificar os Trabalhadores e as Trabalhadoras em Educação e estabelecer conexões
com outros grupos e movimentos sociais.
O sindicato conta com mais de 2600 pessoas sindicalizadas e elege, a cada três anos, sua
coordenação, organizada em cinco áreas: (1) Coordenação Geral, (2) Coordenação
de Finanças, (3) Coordenação de Assuntos Funcionais e Patrimoniais, (4)
Coordenação de Formação e Política Sindical, e (5) Coordenação de Divulgação e
Imprensa.
No cenário dos anos 80, a luta principal dos
educadores girava em torno do Plano de Carreira Unificado, culminando na
promulgação da Lei 4010 em 1985. Sob a gestão do prefeito Paulo Vidal, em 1989,
uma greve de 30 dias foi deflagrada para exigir a implementação do Plano de
Carreira e a realização de Eleições Diretas para Diretores das Escolas da Rede.
Na década de 1990, o SINTERG consolidou uma série de
posições políticas em defesa da sua categoria e realizou sua afiliação à CUT –
Central Única dos Trabalhadores em 1992. No governo do prefeito Meirelles
Leite, em 1993, o sindicato conquistou o direito ao 14º salário. Em 1994, uma
greve resultou no compromisso do Executivo em formar uma comissão para estudar
um novo Plano de Carreira para o Magistério Público municipal.
Nos anos 2000, a luta pela concretização do Plano de
Carreira continuou, com vitórias como a reposição salarial em 2002 e o reajuste
do Vale Alimentação e da Gratificação de Incentivo à Docência. Em 2003, o
prefeito Fábio Branco propôs a redução dos investimentos na Educação,
encontrando resistência da comunidade e do SINTERG.
Em 24 DE AGOSTO DE 2007, em Assembleia Geral, o
SINTERG filia-se a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE),
passando a ser o 1º Sindicato de base municipal do RS, a ser filiado a CNTE.
Ainda em 2007, mobiliza sua categoria na defesa da
permanência ao Regime Geral de Previdência, visto que o Prefeito Janir Branco
(MDB), encaminha para a Câmara de Vereadores, projeto de lei criando o regime
próprio de Previdência – PREVIRG, o qual foi aprovado pela Câmara de
Vereadores, mesmo a categoria do magistério ter ocupado todo o plenário da
Câmara se opondo ao projeto.
Na década de 2010, o sindicato intensificou suas
ações. Houve conquistas como reposição salarial, aprovação do Piso Salarial e
do Novo Plano de Carreira do Magistério. Também ocorreram mobilizações contra
retrocessos na educação e participação em greves gerais.
Em 2010, o prefeito Fabio Branco provocou
manifestações do SINTERG ao retirar o direito ao vale alimentação para
funcionários que se aposentassem após esta data. No ano seguinte, após intensa
pressão e luta da categoria, o SINTERG conquistou o Piso Salarial, porém sem o
retroativo a janeiro, exigindo uma mobilização adicional que obteve sucesso em
novembro. Também foi criado o Departamento de Aposentados do sindicato. Em
2012, a coordenação do SINTERG, junto à direção da CNTE, participou da votação
no Congresso Nacional que aprovou destinar 10% do PIB para a Educação.
No ano seguinte (2013), o prefeito Alexandre
Lindenmeyer abriu o diálogo e a mesa de negociação com o SINTERG, resultando em
melhorias como o pagamento do piso nacional, reajuste do vale alimentação e
regularidade das férias dos celetistas, entre outras conquistas históricas para
a categoria.
Em 2014, o SINTERG obteve sucesso em diversas frentes,
garantindo 9% de reposição salarial, índice acima do piso nacional, e o retorno
do vale transporte intermunicipal, suspenso desde 2010. Além disso, a categoria
aderiu à Greve Nacional da Educação, exigindo o cumprimento da hora atividade,
mais nomeações no concurso público, pagamento de licenças prêmio e atenção à
saúde dos trabalhadores. Foi também o ano em que foram conquistados direitos
como licença gestante e adotante de 180 dias, licença paternidade de 15 dias e
cotas raciais nos concursos municipais. O SINTERG participou ativamente do 6º
COMED, contribuindo para a construção do Plano Municipal de Educação (PME),
enquanto ocorriam eleições diretas para as direções municipais da rede e
concurso público.
Em 2015, o SINTERG marcou seu avanço ao conquistar sua
primeira sede própria e garantir um reajuste significativo de 13,01% no piso
salarial, fruto das negociações com o prefeito Alexandre Lindenmeyer. A
aprovação do Novo Plano de Carreira do Magistério, com a criação de novos
níveis e a valorização por tempo de serviço, também foi uma vitória importante.
No entanto, o ano foi marcado por desafios, como a votação tumultuada do PME na
Câmara de Vereadores, na qual o texto base da Conferência Municipal de Educação
foi desconsiderado. Apesar das adversidades, o SINTERG continuou sua atuação
incansável, buscando apoio para a aprovação do PME e defendendo os interesses
da categoria.
Em 2016, o SINTERG intensificou sua participação em
movimentos sociais, unindo-se à Frente Brasil Popular em manifestações contra o
que chamavam de “Golpe” em curso no país. Além disso, participou
ativamente do 7º COMED, reuniu candidatos a prefeito para discutir propostas
para a educação municipal e convocou uma paralisação em forma de aula pública
para denunciar os retrocessos na educação. A Greve Geral contra a PEC 241/55
(conhecida como PEC da morte) marcou o ano, com o SINTERG e a Frente Brasil
Popular ocupando a Câmara de Vereadores por três dias. O sindicato lançou uma
cartilha sobre Violência Contra a Mulher e continuou sua luta incansável pelos
direitos dos trabalhadores em educação.
Em 2017, o Sinterg entra em GREVE, por 20 dias, pela
implementação do Piso e contra a Reforma da Previdência, faz acampamento no
Largo Dr. Pio; caravanas em todas as localidades para alertar a população sobre
a grave ameaça as aposentadorias e da reforma trabalhista. Professores da
Escola Carmen Baldino encenam a aposentadoria tardia dos professores, no centro
da cidade. Várias outras atividades são feitas nas escolas da rede, nos dias de
greve, além da maior passeata luminosa que a cidade já registrou. Ainda em
2017, participa da maior GREVE GERAL da história da cidade. Também participa do
maior ato público promovida pela FBP, onde discursam Lula, Dilma e Olívio
Dutra. Ainda em 2017, ocorre as eleições
diretas para direções das escolas da rede. Sinterg inaugura, em sua sede,
“Auditório Prof.º Adilson da Cruz Arabidian”.
Em 2018, Sinterg faz manifestação sobre erros na folha
de pagamento e mobilização para exigir o pagamento do piso, melhorias nas
estruturas das escolas e denuncia a precarização dos servidores terceirizados.
Ainda em 2018, Sinterg participa da aprovação da indicação da vereadora profª.
Denise Marques, que permitiu a redução de 50% da carga horária para
servidoras(es) que tem filhos com deficiência. O sindicato também participou do
8º COMED.
Em 2019, conquista da reposição salaria de 2,06% e
piso salarial de 4,17%. Em assembleia é lançado o Coletivo Frente pela Escola
Democrática, que foi criado para defender e reafirmar as garantias
constitucionais e legais da liberdade de ensinar, pesquisar, aprender e
divulgar o conhecimento, a partir do pluralismo de ideias, em oposição ao
projeto “Escola Sem Partido”. Sinterg faz ato em frete a SMGA para cobrar
contínuos erros na folha de pagamento e o pleno funcionamento do Portal do
servidor, reivindicação histórica do sindicato. É inaugurada a EMEJA Paulo
Freire. Sinterg é homenageado na Câmara
de Vereadores pelos seus 30 anos.
Participa das Greves Gerais contra a Reforma da Previdência e da Defesa
da Educação Pública, contra os cortes do Governo Federal. Ainda em 2019,
Sinterg promove a plenária “Em defesa da Soberania Nacional, Contra a Reforma
da Previdência e o (des)Governo Bolsonaro”. Também, participa da Audiência
Pública “Pela Manutenção do FUNDEB”, na Câmara de Vereadores.
Em 2020, o SINTERG precisou se adaptar rapidamente às
circunstâncias da pandemia da COVID-19, fechando sua sede e atendendo de forma
remota. Além disso, mobilizou sua categoria virtualmente, participando de
campanhas como o Tuitaço promovido pela CNTE #AprovaFundeb e lutando pelo
pagamento dos valores do piso de 2020.
Em 2021, diante do contexto pandêmico, o sindicato
defendeu a vacinação das trabalhadoras e trabalhadores em educação antes do
retorno às aulas presenciais, organizou a campanha “Escolas Fechadas,
Vidas Preservadas” e enfrentou decisões municipais controversas. Também
realizou sua primeira eleição virtual para a coordenação, com grande adesão da
categoria.
Já em 2022, o SINTERG continuou sua luta pelo
cumprimento dos direitos dos trabalhadores em educação, enfrentando decisões
municipais que prejudicavam a categoria e denunciando violações da lei do Piso
e da hora-atividade. Intensificou campanhas de conscientização, participou de
atos públicos e mobilizou-se contra a precarização da educação.
Em 2023, o sindicato fortaleceu suas ações, lançando
campanhas como “Por uma Educação Antimachista” e pressionando as
autoridades locais pelo cumprimento das leis educacionais.
Finalmente, em 2024, o SINTERG manteve sua luta pela
valorização dos profissionais da educação, enfrentando a crise na rede
municipal e conquistando vitórias importantes, como a reposição salarial e a
demissão do secretário de educação em ESTADO DE GREVE, aprovado em assembleia.
Esse foi um breve resumo da história que ainda está
sendo escrita.
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